Usar a rede social para fotografar em sete países que falam português. O projecto Nossa Língua procura a representação e expressão do território de língua portuguesa.

A ideia nasceu no Rio de Janeiro, Brasil, e passa por criar o primeiro documentário visual dos países de língua portuguesa. Uma equipa de fotógrafos, designers, pesquisadores e escritores criaram um projecto – Nossa Língua – que desafia os utilizadores da rede social Instagram a enviarem fotografias da Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Angola, Macau, Portugal, Moçambique e Brasil. 

Link Jornal I

Um grupo de criadores brasileiros lançou o projeto Nossa Língua, que pretende contar a história da língua portuguesa por meio de um documentário virtual que compila fotografias tiradas pelos utilizadores do Instagram de todos os países de língua portuguesa.
Mas como se pode participar neste projeto?
Como é comum em projetos no Instagram, a ação funciona por missões (serão dez temas relacionados à lusofonia: Terra, Casa, Trabalho, Fé, Festa, Gente, Lazer, Raiz, Palavra e Mar). Para participar, basta ter uma conta na app e partilhar fotografias com as respetivas hashtags (por exemplo: se o tema é mar, colocar #NossaLingua_mar). A cada semana é divulgado um tema e para cada tema são escolhidas as dez melhores fotografias, selecionadas por um grupo de sete “instagrammers” curadores.
Ao final do projeto, serão selecionadas 100 fotografias para uma exposição que inclui textos escritos por autores de todos os países envolvidos: Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Timor Leste e Macau. Depois da exposição, serão ainda publicados um livro e um documentário – que, segundo a organização, será o primeiro documentário visual dos países de língua portuguesa.

Link Conexão Lusófona

Um grupo de criativos brasileiros decidiu propôr a todos os “instagrammers” dos países de língua portuguesa o desafio de a fotografarem. O objectivo? “Criar uma história comunitária sobre a nossa língua, aquilo que temos em comum apesar de sermos países tão diferentes”, descreve Júlio Silveira ao P3. O projecto — designado por Nossa Língua — quer que os lusófonos respondam com fotografias que, posteriormente, integrarão um documentário. “Será o primeiro documentário virtual dos países de língua portuguesa”, garante.

 

Qualquer pessoa com uma conta no Instagram pode participar. Apenas tem que seguir um dos dez temas (“bem amplos mas comuns a todos nós”) que a organização definiu como base para a criação da definição da língua portuguesa e partilhar fotografias com as “hashtags” correspondentes. Semanalmente é lançado um tema, em jeito de missão, e para cada um são escolhidas dez fotografias, a cargo de um corpo curatorial de sete “instagrammers”.

 

No total, vão ser cem as fotografias seleccionadas para uma exposição, com textos escritos por autores de todos os países e território envolvidos: Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Timor Leste e Macau. A ideia é que a exposição seja itinerante e que dela nasça, também, um livro e um documentário.

 

“Há muita diversidade mesmo dentro de cada país. Falar dos Açores é totalmente diferente de falar do Algarve ou do Douro. E no Brasil, então, o espaço é ainda maior”, reflecte Júlio, editor no mercado livreiro. Até agora, duas missões cumpridas — subordinadas aos temas terra e casa — e já se encontram semelhanças. “Usamos duas plataformas comuns: a língua portuguesa e a imagem, super universal”, resume. É um diálogo estabelecido entre vários continentes, de forma colaborativa.

 

Todos os registos fotográficos escolhidos para o Nossa Língua vão fazer parte do documentário, cujas filmagens estão agendadas para o próximo mês de Outubro e com estreia até ao ínicio de 2016. Portugal, Cabo Verde, Angola e Moçambique são os destinos já confirmados para a realização da média metragem sobre a língua portuguesa e as suas visões. É o resultado do desafio no Instagram que vai mostrar à equipa de filmagens “o que é mais relevante em cada país”. O documentário, com um pendor virtual, “vai ser bem fragmentado, como é o próprio Instagram”, refere Júlio, mas com “muitas conversas” sobre a forma como a língua portuguesa é falada e sentida.

Link P3